Explosão de supernova, há dois milhões de anos, está por trás do bipedismo humano, dizem cientistas

Se pudéssemos – com a inteligência que temos hoje e com as descobertas da Ciência de que dispomos – visitar nossos antepassados, os hominídeos que viveram há cerca de 2,6 milhões de anos, só diríamos o seguinte: “#semtempoirmão...levanta e corre, rápido, a chapa esquentou”.

Explosão de supernova, há dois milhões de anos, está por trás do bipedismo humano, dizem cientistas

13/JUN

É que um estudo da Universidade de Kansas (EUA) concluiu que nossos ancestrais podem ter se tornado bípedes graças à explosão de supernovas.

A pesquisa – liderada por Adrian Melott, professor de Física e Astronomia – mostrou que explosões estrelares causaram uma ionização atmosférica que levou a um grande aumento de relâmpagos, o que provocou vastos incêndios florestais.

E quem estava nessas florestas?

Tcharãm! Muito bem....nossos ancestrais!

A teoria defendida ainda diz que – tendo de fugir do fogo e de se adaptar às savanas que substituíram os bosques no oeste da África – os tatatatatataravós dos nossos tataravós (ufs!) não tiveram outra saída senão levantar e... “sebo nas canelas!”, como dizemos hoje em dia. Tornaram-se bípedes.

Há um provérbio português que diz que “a necessidade faz o sapo pular”. Neste caso, o fogo e as adversidades fizeram com que os primeiros homens também pudessem pular, só que para cima das árvores. Do alto, em segurança, podiam ter uma visão ampla do que acontecia ao redor.

Caminhar em dois pés trouxe inúmeras vantagens, entre elas, ver por cima do pasto e, assim, detectar predadores.  Eis a oportunidade – incrível – de sobreviver, gerar descendentes e, assim, contribuir com a evolução da espécie no planeta.

Mas voltando às supernovas, será que a explosão de uma delas é suficiente para que a Ciência se aproprie do “levanta-te e anda” citado na Bíblia para explicar a transição dos hominídeos para o bipedismo?

É, viu? Mais do que suficiente! Explosões estelares constituem um dos eventos mais violentos do universo.

Imagine aí um corpo celeste, lá longe no Universo, porém, com um milhão de vezes a massa da Terra, implodindo em 15 segundos? O colapso do núcleo acontece tão rápido que cria enormes ondas de choque que lançam a parte exterior da estrela ao espaço a uma velocidade de 20 mil km por segundo.

E, apesar de as supernovas terem surgido a 163 anos luz de distância da Terra, há mais de dois milhões de anos, os efeitos da explosão, lá nos confins do que nossa imaginação consegue ir – segundo os cientistas – chegaram aqui, sim, e até que rápido. Quase tão rápido quanto notícia ruim.

Resultado?

Sempre de acordo com o estudo, como já te adiantamos mais acima, os raios cósmicos que atingiram a Terra teriam aumentado a ionização da baixa atmosfera, criando condições ideais para a propagação de relâmpagos. E essas faíscas, geradas pela radiação das supernovas, teriam causado os grandes incêndios florestais que fizeram com que nossos ancestrais levantassem e se movimentassem em duas pernas.

Bom, diante de tal explicação, uma perguntinha é inevitável: estamos sujeitos a uma nova explosão de supernova? Ou seja, teremos, de novo, de nos encarapitar em árvores para que possamos nos salvar e, assim, garantir o futuro da espécie?

Digamos que precisar subir em árvores – hoje – já não teria o menor sentido, né? A tecnologia já nos oferece outros recursos para que possamos (tentar) prever e nos proteger de desastres naturais, maaasss, como curiosiodade, vamos te contar que a estrela mais próxima que poderia explodir em supernova, em um futuro não tão distante, é a Betelgeuse, uma das estrelas mais brilhantes da constelação de Órion.

Porém, ela se encontra a uma distância segura de nós, especificamente 642 anos-luz daqui. De acordo com o professor Melott, ainda que a Betelgeuse exploda, está longe demais para ter efeitos fortes na Terra. 

Tá...mas...assim...não custa você já ir treinando para a necessidade de – um dia, quem sabe – precisarmos ir parar no alto das árvores, não? Vai quê...? 

Atividade física! Faz bem para a saúde. E o momento-Tarzan até que pode ser bem divertido, vai?

Só não vá cair da árvore, por favor...


[Fonte: UOL Notícias // Ciência]