Pesquisa revela que segredos geradores de vergonha atormentam mais do que os que fazem sentir culpa

Chega mais aqui e conta para a gente: como é que você lida com os seus segredos cabeludos?

Pesquisa revela que segredos geradores de vergonha atormentam mais do que os que fazem sentir culpa

21/FEV

Ah, você não tem, né?

Conta outra...claro que tem! Todos nós temos!

Pode até não ser – assim – tão indecoroso para os outros, mas aí na sua cabeça, atormentada pela vergonha, ele é imenso.

Não precisa se preocupar, você não está sozinho (a).

Nossa condição humana nos coloca – todos – em pé de igualdade.

Quer ver só?

Um estudo da Universidade de Columbia, em Nova Iorque – publicado, recentemente, na revista científica “Emotion” – revelou que as confidências que nos envergonham costumam atormentar mais do que aquelas que nos fazem sentir culpados.

Como os estudiosos chegaram a essa resposta?

Para medir o grau de vergonha, eles submeteram os voluntários a perguntas como “sou insignificante e sem valor?”. E, para atestar o nível de culpa, questionaram os participantes com indagações como “sinto remorso por algo que fiz no passado?".

A conclusão foi a de que entrevistados que sentiam vergonha de seus segredos pensavam mais frequentemente neles do que os que sentiam culpa ou não sentiam nem uma coisa nem outra.

"Ao contrário das emoções básicas, como a raiva e o medo, que se referem a algo situado fora de um indivíduo, a vergonha e a culpa se referem ao 'eu' mais interno", explicou Michael L. Slepian, médico da universidade e autor principal do estudo.

Tá, mas o sentimento de vergonha que mina nosso equilíbrio mental, em geral, está ligado a quê?

De acordo com o estudioso, a lembranças de experiências traumáticas, que se referem à saúde mental ou à falta de autoestima por conta da aparência física.

E como fazer para lidar melhor com essa emoção e não permitir que ela atrapalhe o cotidiano?

O pesquisador dá a dica: não ser duro (a) demais consigo, não encarar os pensamentos que envergonham de forma pessoal (somos todos humanos e falíveis, lembra?), a fim de que seja possível encontrar uma forma de mudá-los.


 [Fonte: UOL Notícias // Ciência e Saúde]