Ser professor: juventude brasileira tem passado longe da referida possibilidade profissional

Houve uma época – que vai ficando cada vez mais remota, diga-se de passagem – em que ser professor (a), no Brasil, era sinônimo de status e garantia de respeito.

Hoje, como sabemos, a situação é bem diferente.

E por conta desse “estado das coisas”, o Brasil – assim como outros países da América Latina – tem encontrado enorme dificuldade para atrair jovens talentosos para a referida carreira.

Tal radiografia é uma das conclusões do estudo “Profissão Professor na América Latina - Por que a docência perdeu prestígio e como recuperá-lo?”, divulgado – recentemente – pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A realidade do Brasil é que, atualmente, apenas 5% dos jovens de 15 anos pretendem ser professores da Educação Básica, enquanto 21% pensam em cursar Engenharia.

No outro extremo, em países nos quais a profissão é mais valorizada, o interesse tende a ser maior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 25% dos jovens têm a intenção de lecionar e, na Espanha, o referido índice chega a quase 20%.

E como a profissão que prepara para todas as outras foi ficar tão desacreditada por aqui?

De acordo com os dados revelados pela pesquisa, entre as principais razões para o desinteresse para atuar na Educação Básica estão os baixos salários.

O estudo ainda apontou que muitos dos jovens que, hoje, seguem a carreira docente, o fazem por eliminação, não por vocação.

Ao recuperar dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2008, a pesquisa evidenciou que, naquela época, 20% dos estudantes do Ensino Superior com foco no Magistério fizeram a opção para ter uma alternativa, caso não conseguissem outro emprego. E outros 9% seguiram a mesma trajetória por ser a única possibilidade de estudo perto de casa.

Triste, não?

[Fonte: Portal Administradores]