Cognição tinindo, mesmo em idade avançada? Aprender, sempre, é o melhor remédio

Como vai a sua “ânsia por aprender”? Continua aí, firme e forte, ou você deixou o gosto por superar seus limites lá na infância, época em que todos nos divertimos, maravilhados com as tantas coisas novas do mundo? Se você fez uma careta aí e já ficou com preguiça só de se imaginar, a esta altura da vida, “singrando mares nunca dantes navegados”, pode sair dessa letargia já! Um estudo da University of California Riverside – publicado, em junho último, no “The Journals of Gerontology – revelou

Cognição tinindo, mesmo em idade avançada? Aprender, sempre, é o melhor remédio

17/SET

Rachel Wu, a responsável pela pesquisa, orienta que o ideal é, seja qual for a idade, “se comportar como uma esponja, absorvendo conhecimentos o tempo todo”.

Pelo bem da cognição.

Mas o que é cognição? 

É a capacidade de – por meio de um conjunto de habilidades mentais e/ou cerebrais (como a percepção, a atenção, a associação, a imaginação, o juízo, o raciocínio e a memória) –processar informações e transformá-las em conhecimento. 

Para chegar à conclusão final da pesquisa, a psicóloga Wu e sua equipe reuniram pessoas entre 58 e 86 anos que fizeram de três a cinco atividades diferentes ao longo de três meses (aulas de espanhol, fotografia, desenho e pintura, música e como usar um iPad). Os alunos – que se dedicaram cerca de 15 horas semanais às referidas aulas – foram submetidos a testes antes, durante e depois do experimento.

Resultado?

Passado apenas um mês e meio do início dos cursos, a evolução em termos de memória, por exemplo, já era muito visível e colocava os participantes em um patamar bem similar a de gente bem mais nova, ainda na meia-idade.

“Depois de seis semanas de estímulo com aprendizados simultâneos, conseguimos criar uma ‘ponte’ de 30 anos. O estudo mostrou que adultos mais velhos podem aprender diferentes habilidades simultaneamente e que isso traz um incremento para sua capacidade cognitiva”, disse a professora Wu.

Qual o maior prêmio dessa descoberta?

Sem dúvida, algo intangível, ou seja, tão valioso que não pode nem mensurar: trata-se de ferramenta eficiente para garantir a independência e a autonomia na velhice.

Isto posto, visto que – ainda segundo a pesquisadora – a motivação deve ser, sempre, nosso combustível (para que, com o aprendizado contínuo, possamos estabelecer novos desafios e alcançar objetivos), nós te perguntamos: como vai a sua vontade de aprender? Taí ou você perdeu e nem sabe onde está?

Então trate de resgatar já o apetite pelo conhecimento!  Quando estiver com mais idade vai sentir os efeitos positivos da decisão tomada agora.

Por último, vale te lembrar que, entre a infância e o início da vida adulta, todo ser humano aprende a dominar inúmeras habilidades. E ao mesmo tempo.

Então, supondo que você, que está lendo, é um ser humano, nós deixamos a pergunta: por que parou, parou porquê?


[Fonte: G1 // Bem Estar]